quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"publicar postagem"

Ontem saí da reunião e peguei as barcas.
CCBB, 20 anos de CCBB, queria assistir "Deve haver algum sentido em mim que basta".
Cheguei lá e uma fila enorme.
Espera pra receber senha.
Fui andando pra perguntar qual fila teria chance.
Encontrei a Ju, lá na frente.
Era a chance, não podia titubear.
Agarrei o braço e ela rápida: Ah! Chegou!
Não tínhamos marcado nada, há muito tempo não nos víamos.
Pra Esperando Godot.
Fiquei ali com ela.

Senha e pra fora conversar.
Ju tá bem. Tem sido difícil encontrar gente bem.
Eu me resumi pra ela em minutos.
O que tenho realmente a dizer precisa de minutos,
Depois é repetir.

Esperando Godot.
Sentamos.
Contei a ela que a última vez que fui naquele teatro, cheguei atrasada.
Tudo já apagado e eu pisando nas pessoas.
Cheguei na poltrona que podia ser a minha, mas tinham duas, uma ao lado da outra.
Virei pra trás e perguntei: Moço, pode ver o número pra mim?
O moço era o Caetano.
Não ouvi mais nada da montagem.
Ela me contou que outro dia ele passou ao lado dela,
Ela deu tchauzinho.
Ele riu.
Na volta deu dois beijinho nela, convencido pelo tchauzinho.

Depois de uns vídeos chatíssimos do Minc e do BB, começou.
O cenário é lindo.
O texto é esse mesmo do Becket que enforca a gente com humor de gargalhar.
Meio débil.
Como acordar todo dia.
Todo o tempo faz sentido esperar o que se espera sem saber o sentido que isso faz.
As duas atrizes que interpretam Didi e Gogo, queria me casar com elas.
Alcançam a gente. A gente elas.
Poderia esperar Godot por muito tempo ali. Com eles.

Fico emocionada de ver espetáculo bom.
Tenho relação de amor e ódio com o teatro.
Com o que fazem dele.
Armazém geralmente faz boa digestão.

Hoje tem de novo.
19:30.
No teatro I.
Ali embaixo, ao lado do café.
Chegar antes, lá pelas seis.
Se a Ju estiver na fila melhor.
Mesmo assim consegue.
Vale! Vale!

Todos os dias tem duas ou três montagens.
Sexta tem Till, a Ju vai estar na fila.
Domingo Toda Nudez, do Nelson, pelo Galpão.
Eu não vi da outra vez.
E a Ju vai estar viajando.

Depois voltamos de barcas.
Fomos pra cantareira tomar uma cerveja, tomamos três.
Taia, Tatá e Érica chegaram.
Saideira!
Aqui não, eu falei.
Aonde?
Ah, num lugar bonito.
Ai Mari, aonde?
Bar do Seu Xote! Vamos! Vamos, insisti.
Eles não vão estar aberto.
É lindo lá. O boteco mais feio e mais lindo que Niterói tem.

Vamos, decidimos no caminho.
Ju gemendo de vontade de fazer xixi.
Fagundes Varela fechada, dá a volta!
Ju faz som mais agoniado.
Gente, olha a praia! Voltei assim do Godot.

Torcida pro bar do mocinho simpático estar aberto.
Vamos ver, vamos ver....
Está!
Eeeeeeee
Mulher adora comemorar assim, eeeeeeee

Sai a saideira, perguntei?
Sai, saideira sai.
Só uma?
Mais, sai mais um pouco.
Maravilha. Antártica.

Fechamos o bar.
Amarelinho, disse Taia.
Rio? Perguntei.
Não, aqui perto, ali.
Nunca chamei aquele bar de Amarelinho.

Nelson Rodrigues estava lá.
Suspensório até!
Só o Nelson do bar e Domingos de Oliveira usam suspensório.
Adoro.
A Tatá não gostou dele e do amigo dele.
Disse que eles falavam coisas nojentas.
Safado, Nelson safado.

pá, pá, pá, pá, pá, pá, diu, pá, pá, pá, diu.
Bora gente?
Não fui eu que falei.
Mas concordei.
Concordamos.

Pra casa.

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