Brincadeira essa de ir e vir nas sensações
Tremer
Cuspir e acalmar
Numa imensidão que não acaba nem parecendo fim
Alimenta e não sacia
Viciada em jogar comigo
Com a tranquilidade que se esconde
E volta no susto
Acostumei que volta
Entro na expectativa que machuca
Nas incertezas que me tiram a vista
No pequeníssimo que guardo sempre onde não sei no meu grandão
Esbarro e pego pra mim
Esquecendo de deixar
Bu
Ela
Abro
No alívio de lembrar o sabor imediato da mão que não prende,
Nem segura nada por tempo demais
Na lembrança de que as coisas se juntam e se perdem quando precisam
O nada não é nada não
E o tudo maior que esse
E a tranquilidade que queria
A possibilidade de ir indo sem ir pra
Será possível enxergar a gente acontecendo?
Reconhecer o movimento antes de terminar?
Pode ser que me minta
O prazer é igual
Lembrei de um sonho antigo
Que não lembro nada nele
Dele lembro
Quieto dizendo isso aqui
Que também não sei o que é
---
Cá Já (Caê)
Vejo que areia linda
Brilhando cada grão
Graças do sol ainda
Vibram pelo chão
Vejo que a água deixa
As cores de outra cor
Volta pra si sem queixa
Tudo é tanto amor
Esteja cá já
Pedra vida flor
Seja cá já
Esteja cá já
Tempo bicho dor
Seja cá já
Doce jaca já
Jandaia aqui agora
Ouço que tempo imenso
Dentro de cada som
Música que não penso
Pássaro tão bom
Ouço que vento, vento
Ondas asas capim
Momento movimento
Sempre agora em mim
Esteja cá já
Pedra vida flor
Seja cá já
Esteja cá já
Tempo bicho dor
Seja cá já
Doce jaca já
Jandaia aqui agora
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
Deixe a menina
As coisas têm funcionado tanto com tanto de tanto
Que às vezes quero dizer de umas outras que ainda me seguram baixo
E fico medrosa
Medo de apequenar
De me segurar pequena
Ao invés de me deixar
São tantos os crescimentos pra fazer
Que dá cansaço
Parece que estou indo lá quase onde já ouvi que preciso
E nessa toda novidade me falta o que já sei
Sem que veja, voltei lá antes de pensar começar
O tamanho que o espaço tem é proporcional ao tamanho da gente
A casa da gente lá na cidade da gente, é grande sim, ainda é
Mas já foi o Tudo
E eu vou fazer o que com esse tamanho que não me cabe?
Me faço dobrada pra ter jeito que encaixo
Assombro com a enormidade que as coisas têm
E morro de fome delas
E esqueço
Pela trabalheira que é entender tanto gosto
É assunto de meses que o corpo faz
Estica as coisas todas pra caber
Nem sempre cabe
Se entra, bota pra dentro a satisfação
Que na borda já tem
Mas volta a vontade de encher
Engolir, misturar,
Entupir
Sem saber do que
Esquecendo do tempo que tem no sabor,
Lembrei
Acabei de lembrar
Amanhã esqueço
Às vezes lembro de novo
Que às vezes quero dizer de umas outras que ainda me seguram baixo
E fico medrosa
Medo de apequenar
De me segurar pequena
Ao invés de me deixar
São tantos os crescimentos pra fazer
Que dá cansaço
Parece que estou indo lá quase onde já ouvi que preciso
E nessa toda novidade me falta o que já sei
Sem que veja, voltei lá antes de pensar começar
O tamanho que o espaço tem é proporcional ao tamanho da gente
A casa da gente lá na cidade da gente, é grande sim, ainda é
Mas já foi o Tudo
E eu vou fazer o que com esse tamanho que não me cabe?
Me faço dobrada pra ter jeito que encaixo
Assombro com a enormidade que as coisas têm
E morro de fome delas
E esqueço
Pela trabalheira que é entender tanto gosto
É assunto de meses que o corpo faz
Estica as coisas todas pra caber
Nem sempre cabe
Se entra, bota pra dentro a satisfação
Que na borda já tem
Mas volta a vontade de encher
Engolir, misturar,
Entupir
Sem saber do que
Esquecendo do tempo que tem no sabor,
Lembrei
Acabei de lembrar
Amanhã esqueço
Às vezes lembro de novo
Assinar:
Postagens (Atom)