segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Parece fácil na palavra que é

O que mexe lá onde não sei onde é, é reconhecer ou pensar reconhecer umas coisas nas coisas que estão acontecendo enquanto estão acontecendo.
Esse olhar atrás da nuca é toda sensação que invadiu ou criei em todo tempo que entendi que tinha que ser eu, só eu, mesmo sabendo que nunca foi, nem vai ser assim jamais.
Agora sim as duas coisas, a posição acima que participo e não alcanço e a confecção feita de cada experiência que selecionei ou não soube evitar.

Sabendo delas me concluo.

Das partes que peguei de alguéns, faço outro lugar em outra vez.

Esse infinito espiar é saber saber o que ainda não pude saber.
É surpreender o momento que consegui.
Fiscalizar ida e volta desse sempre que vem.
Admirar o feio querendo mudar.
Fazer mais bonito sem querer embelezar.

Admitir que o que mais queria falar é específico e pontual.
Que no caminho me fiz mais covarde e prudente.
E do medo que sempre me foi besta, nasceu o todo que nunca teve tempo pra nascer.
E a coragem que achava é o todo da urgência de chegar sem experimentar onde se passa.
E o como.
O porque.

Desaprender não ser mais já e depois.
Estar.
E ainda lembrar: Estar.