terça-feira, 1 de setembro de 2009

A saída é a entrada de quem vem de lá

Escuto de uma pessoa: Como é que você classifica o que escreve?
Da ponta da língua, pula: Sub literatura!

Não, não isso.
O que então?

Prosa, poema, conto...

O nervosismo da ignorância me entope.
Quase cuspo um som.
Um som estúpido. Provável.

Porque tem momento que eu me desacredito inteira.
Me olho e não me enxergo em lugar nenhum.
Me perco e não me retomo.
Fico tempo sem sentido.
Zonza da falta de mim.

Me recuperando voltei a respirar.

Devia estar vermelha.
Fui pega de bunda de fora.

Não saí correndo.

Firmei meu olho naquela boca.
Parei minha mão que se esfregava.
Devia estar recuperando a brancura branca alva da cara.
Lembrei de mim.

Senti a descida da resposta.

E falei com o orgulho que tenho do meu pequeno.
Faço cartas.