terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cuidado com as peças pequenas e móveis

Tenho receio de me proteger demais
E medo de me abrir além do que posso

É assim
Escancaro, recolho

Mas tem jeito não
Quando encontra motivo a gente se abre todo

Vê aquela belezinha de causa que te ri
E vai até não saber mais por onde entrou

Se perde todo por lá

Esquece um bocado de coisa sua,
Traz uma porção nova,

Fica nessa misturada toda
Em brincadeira de combinação

Me esquenta a variedade possível,
As possibilidades que têm ali,

Mexo na cor, testo o encaixe, viro um tanto pra lá, pelo outro lado
Monto, desmancho

Riso bobo todo o dia

Às vezes se descobre que um desses amontoados não cabe em lugar nenhum
Por mais que tenha cara e jeito do que te serve

Fica sem entender

Depois de insistir muito nas tentativas
Com algumas peças já quebradas no esforço
Que machucam

Sem saber brincar, a gente devolve

E aí a cara não fica tão boa
A diversão já não funciona

A vontade é de bater pé
Às vezes bate

Com a experiência que tiver

E chega uma hora que a gente só se retoma
Puxa de volta o que não pode mais dar

Se recolhe

Sem brinquedo
Uns arranhões
Sensação de incompetência

Riso frouxo todo o dia
Querendo escancarar

É assim

Um comentário:

Tatiana Monteiro disse...

Como é que a gente faz para crescer Maricota? Te amo, Tatoca