terça-feira, 12 de maio de 2009

Tenho trabalhado bastante.
Com a expectativa permanente do fim.
Como se daqui dois dias pudesse não fazer nada.
E se tem uma coisa que não sei fazer é não fazer.
Hoje mesmo estou dizendo que vou dormir desde oito da noite, são meia-noite e vinte.
Ia dormir, vim terminar parte de um projeto, coloquei dvd's pra copiar um trabalho que preciso entregar amanhã, passei toda a roupa que tinha, estou fazendo almoço de amanhã pro meu filho e estava querendo sentar um pouco pra escrever aqui. Sentei, enquanto a panela borbulha e os dvd's copiam.
Meia-noite e trinta e dois.
Minha mãe me enviou um e-mail dizendo que quando ela melhor escrevia era quando se sentia sufocada, que hoje, leve, ela não tem vontade alguma.
Eu concordo com minha mãe.
A tristeza e a melancolia necessitam mais da escrita.
É pra onde dá pra correr.
Meia-noite e quarenta e um.
O hífen do meia-noite caiu?
Eu só sei de português o que aprendi na escola.
E minha escola era boa de roupas bonitas.
Aliás minha mãe disse também que havia três erros péssimos de português.
Daqui do blog.
Se perceberem me avisem!
A página fica mais respeitável.
Meia-noite e quarenta e sete.
Algumas pessoas me escreveram perguntando se estava bem, se estava triste.
Algumas além da minha mãe.
Isso é pra mim um cheirinho no cangote.
Pois descubro os leitores.
Quem me conhece pessoalmente me considera feliz, cheia de dentes, boba até.
E não é que não seja. Sou!
Mas minha alma é rodrigueana.
Eu tenho amor pelo que dói.
Pela escrita eu vou assim.
É quando posso cutucar todos os dramas, mergulhar no escuro, na tragédia que tenho ou invento.
Por isso amigos me procuram pra conversar quando não estão lá no melhor momento, porque eu adoro!
Bom, devo estar feliz.
Este escrito está de chorar.
Meia-noite e cinquenta e seis.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu tinha achado um erro de português desses de trocar g por j no meio das suas emoções narradas umas após outras assim levando a gente para cima e para baixo, fazendo as vezes pararmos no ar, com medo de cair das nuvens. Tenho voltado para encontrar o g por j, ou vice-versa, não encontro mais. No tobogã devo ter deixado cair as letrinhas. Elas se embaralharam no ar.