terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Retrô

Queria um texto especial pra falar do que foi 2009 por aqui.
Não consigo.
Vai passar da hora (se já não passou) e só barata chega pra mim.

Atrás de solução, vasculhei o histórico das mensagens e descobri rascunhos de palavras, frases, diálogos salvos pelo blog que não publiquei e pensava ter descartado.
Além disso fiz uma seleção de textos que me mexeram ou fiz mexida, ali na barra lateral, em ordem cronológica.
Então!


Ele disse que na frente, na lateral esquerda da frente, tá excedendo o tamanho.


MULHER BOMBA
Vídeos capturados, casa um caos, seleção de música, marido doente, filho com sono, projeto que não fiz, dinheiro que não recebi. Silêncio!


Eu não vou postar essa bobagem.


Difícil que são dois.
Um dá consistência.
Um me joga por aí.


- Não entendo pessoas que por acaso nao se apaixonam por você.
- Doendo como se tivesse apanhado.
- Mas que bom que você vai, mesmo sabendo que tem volta.
- Distraída.
- Como diz Clarice, "chega a sair sangue".


Minha música não faz trilha
Mas tem cena aí, algumas.


Hoje quando acordei encontrei ontem espalhado na casa.


- Precisamos marcar para colocar a conversa em dia.
- Sim, precisamos.
- Faz algum tempo que eu não te leio.
- Entendo.
- Vou colocar a leitura em dia, os últimos poemas que eu li estavam lindos.
- Fico contente que goste.
- Você é nossa Clarice Lispector do cinema, é como dizia Sartre, quando escolhemos nos reconhecemos na humanidade inteira. Sua foto não está aparecendo.
- E agora?
- Ah... linda. E você tem ido ao teatro? faz tempo que eu não vou, nós podíamos marcar de ver uma peça.
- Fui hoje.
- Toda vez que eu me lembro de ti penso na música do chico, Beatriz.
- Ex, ex-atriz.
- Pathos atriz.
- Não quero nada com os patos.
- Não tem como fugir ao pathos.


Na praticidade de cozinhar em minutos, nunca me coube espaço pra entender gente que cai.
Conversa com amigos era reduzir suas coisas.
E sei agora que nem escutar podiam.
Não me admitir foi sempre o exercício de atrasar a me ver.
Imutável. Até mudar.
Mas vou dizer: me sei pouco além do que soube.
Parte da trajetória de não trajetar.
Que trajeta.
Ir como não quer.
E vai.


a gente inventa uma quantidade de coisas pra viver enquanto não ama amado
daquele jeito em cada um de um jeito e o jeito um jeito mesmo em todo mundo.


matou ela em slêncio.
como alguém que asfixia o bebê que dormia.
nem som de sapato no chão ouvi.
outra luz acabou.
um sapato ou vassoura, uma luz que escurece.


Tem gente que me faz saber não saber fazer.


1 ANO E 7 MESES
BORA que eu quero correr, SUBIR na velocidade que vi aquele CARRO sair. CAIR, ficar de ponta-cabeça de MÃO no chão. Sentir sacudir BANANA, MAMÃOm, PÃOm no BARRIGÃO e COCÔ, PUM, olha COCÓ que LEGAL! MAMÃE convida: Quer tomar BANHO, xuxu?


Houve um Natal que a gente pôde caprichar.
Minha irmã um aparelho 3 em 1 - Rádio, fita e disco.
Conhecia tudo de música.
Meu irmão um fliperama.
Preenchia a sala, a varanda.
Eu uma Bilu-Bilu.

Não quero explicar o que é.



3 comentários:

Rachel Souza disse...

Acabou chorare, faz zumzum e pronto!!
Chega! rs
Feliz 2010 novo!

tainah disse...

Abelha, abelhinha... ainda dá tempo sim de trazer essas coisas bonitas, ditas e quase guardadas do ano que passou. Como se algo passasse?

maria disse...

lindaaa
adorei ler
pedaços de mari
de 2009
que venha 2010
adoro tuas palavras

grande beijo