quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Estou chegando, há tempo, e talvez fique assim

Aí Magno me propôs terminar um roteiro dele que me mandou.
Eu quis.
Li depois.
E agora tenho que dizer que não contei.
Não contei pra ele porque esqueço.
Lembro que morro de medo de gente interessante quando me esbarro nelas.
O escrito, as pessoas ali são interessantíssimas.
Fico fascinada e só fascino.
Não sei falar, não sei fazer, reconheço, só reconheço e fascino.
E que eu faço?
A vida pra mim é comuníssima, faço movimentos pequeníssimos, só entendo alguma coisa no afeto de hoje, não quero morrer jamais nem matar ninguém.
Como é que eu faço pra te contar que não dá pra dizer dessas pessoas que sabem de política, arte e américa latina e vivem de maneira que nunca vivi?
Onde é que posso se não entendo onde entrar?
Queria, queria mesmo te surpreender, mas como se me preocupo em devolver os cascos do Naldo, presto atenção em separar as palavras e como biscoito de chocolate?
Se escrevo o que sinto, filmo só o que vejo?
E me contento sendo assim.
Que não me indigno com o que tinha que indignar.
Que não me entusiasmo demais com o que seria de entusiasmar.
E me vanglorio de limpar minha casa todo dia, trabalhar, cuidar do meu filho sozinha.
O que leio, vejo, que é demais, me paralisa.
Quando encontro esses lugares que me deu, me perco e duvido.

Outras coisas tinham aqui que não contei.
Não consegui.

2 comentários:

Ju disse...

Engraçado você falar isso...sabia que às vezes tenho a mesma sensação quando vou comentar seus textos?
Beijinhos

Marcos Braz disse...

Mari, você mexeu nesse post? Da primeira vez que li, não entendi quase nada... Agora, achei lindo!

Sempre soube...

Tá, tá... Vou fazer... Prazos!?

Beijo