terça-feira, 22 de dezembro de 2009

seja rico, seja pobre

Durante todo o dia, vejo as coisas e escrevo, escrevo sem sentar e escrever, faço texto e idéia sobre o que vejo enquanto vejo.
Tenho tido momentos muito fortes com meu filho, de tremer, de gargalhar de boca aberta e todos os dentes até chorar com som de risada.
Quero registrar de alguma forma, materializar essas sensações, chegar de algum jeito onde chegam em mim.
Mas entendi.
Não chego.
Não vou chegar.
Em pé não.

Fumante não senta mais.
Muita área livre.

Mas gente, não se pode fazer assim, pode?
Quando vai mudar a mão de uma rua, precisa outra opção pra então mudar.
Uma obra na rua faz com que outro trajeto funcione enquanto ali não.

Como é que um lugar que não tem banco de rua, nem cesto de lixo e só tem falta de praça pode fazer assim?

E vai te fazendo acreditar.
Tava almoçando com Tito naquele lugar em frente ao Campo São Bento, onde se bebe cerveja, fuma. Cadeira na calçada. Os fumantes com cadeiras pra lá do toldo. E veio fumaça na gente. Olhei pra lá na hora. Nervoso, pediu desculpa, de jeito vira-lata, foi indo mais longe. Eu não consegui mudar, dizer que eu queria que ele voltasse, que não fizesse assim.

E como é que não tem a opção de um lugar ser só de fumante?
Como é que não?

Mulher. Pedestre. Fumante.
Pra onde é que eu quero ir?
Só posso ir.

Quando é que eu posso parar?
Sentar, acender um cigarrinho, tomar um negocinho?

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