sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

aos poucos


Maior é deus do céu e nada mais, aiai aiai
Quando vem o aiai vira adeus belém do pará.
Hoje foi o primeiro dia depois do fim do workshop.
Processo de formação do grupo Fúria.
O melhor e o pior de um processo teatral são as pessoas.
Importa claro uma boa idéia, o texto do domingos que é demais, a
direção, os truques, a produção, a técnica. Mas nada vale se falta
material. Humano. Ou se sobra.
Nosso grupo. Chamo de nosso pois domingos é generoso. É farto. Mais do
melhor. Pelo que a pouca sensibilidade capricorniana deixa saber.
A primiera grande descoberta foi no primeiro encontro no Laura Alvim.
Sentada esperando sem saber se era pra esperar, vi uma careca e uma
careca fascina qualquer um. Fiquei olhando pra ela (careca) e quando
me disse o nome – fez curso com a ana kfouri? Ela ainda não era careca
mas como esquecer do nome dela, justamente onde tínhamos passado um
tempo num mesmo processo, GLAUCE rocha. curso da ana, ou kfouri, não
sou íntima então melhor não tentar ser. Ana kfouri.
Na volta do primeiro dia encontrei na Van uma pequena tagarela, Opa!
Gente de niterói. Companhia. Falou, falou impressões, falou vida
artística, falou agenda lotada, falou cachorro, falou mãe, falou pai,
falou LUIZA, a chuchu ou xuxu (como diz a poeta as palavras podem ser
qualquer coisa). Eram duas companheiras de viagem de ponte, tinha
também alguém mais quieta. A princípio. Tem nos dedos a fala. Por
e-mail é uma matraca. 33. Lembro desse número. Estava em outro
processo e esbarrou em domingos. BIANCA.
Outra grande descoberta foi GABRIEL. Voltamos falando sobre o que
pensávamos em relação à arte, era a primiera volta no
fusquinha-que-tem-corrente-no-voltante, fiquei encantada com a ligação
e relação dele com a arte, pensando muito em aproximá-lo do pessoal
que conheço. Niterói também. Bairro próximo. Surge a novidade. Eram
mais próximos ele e o "meu" pessoal do que eu de qualquer um deles.
Aí tem uma que na verdade veio antes mas depois. Gravei o nome na
entrevista no pensionato. Ela começou dizendo sou poeta. Definitivo.
Uma poeta bem perto de mim. Alguns dias de curso a gente sentou
próxima e depois disso o caminho afunilou. Nunca escrevi essa palavra.
Afunilou. Tá certo, não tá? Vem de funil. A poeta é RACHEL, pros
desconhecidos.
Aí teve aquela saída, aquelas cervejas. Há um mês falo nisso. Até hoje
sinto uma pontada de dor na cabeça. Tenho 30 e um filho de 10 meses.
Maior bomba.
Na saída o pessoal foi saindo. Vindo. Na verdade voltando. E fiquei
conversando com algumas pessoas que não tinha me aproximado.
Fiquei ali no balcão pegando um tanto de cada cerveja aberta pelo
homem gordo que serve mas tem pinta de dono. Gordo sempre tem pinta de
dono. E conversando com ele sobre as linguiças dependuradas,
empretejadas (como diz a poeta, pode) que tinham no nosso bar. todo
bêbado acha que é sócio. Isso quando é boteco. Se for de marca não,
necas. Botequeiro ele. Pediu até uma porçãozinha de sabe lá o que no
boteco das linguiças do gordo. KAMEL que é magro.
Logo depois sentei, canso logo de estar em pé.
Estavam mais três pessoas sentadas também. Um deles já conhecia à
distância, lá de cOritiba (pra ser cortês). Ele estava atuando em SP.
Fazendo pra lá e pra cá. Saiu pra pegar um táxi, horário do ônibus na
rodoviária. Ele ia e voltava no dia seguinte, ou na outra manhã. Era
isso? Muito preparo. ADRIANO.
Aí tinha uma sardentinha. Se não tiver as sardas tem o rosto pronto
pra elas. Mudamos de teatro pra filhotes. O dela maior que o meu. Isso
já define o papo. Eu pergunto ela responde. POLINHA, PAULA para os que
conhecem rachel ou têm falta de orkut.
Ao lado um minerim. Falamos um pouco de minas. Daquele jeito que todo
mundo sabe e repete. Di miiinassss. No outro dia acordei na residência
minêra. Afe! Dor de cabeça atè hoje. MARCELO, o pires.
Aparece uma de cabelo de bolina, preto, preto, preto. Parecia quicar.
Não sei se quicar é com qu. seria como? Assim mesmo, quicar. Convence
uma porção de gente sobre uma festa. Todo mundo vrum. Na festa chega
sacudindo, sobe, sobe, pista de dança, quica, sacode até a memória
falhar, a minha. JANAÍNA, JANA.
Depois ela. Próxima. Não estranha. Abraça, beija, morde. Não me mordeu
mas aposto que morde. Ri grande com muitos dentes. Tem que morder. A
dela é maior que o meu. Eu pergunto, ela responde. ALETA.

(continua - outro dia)

2 comentários:

Rachel Souza disse...

Linda descrição de impressões. :)

Anônimo disse...

Eu queria colocar um video do youtube: Earth, Moon and Stars - as cenas do space acho, ficariam mais lindas que as suas impressões...
mah