Brincadeira essa de ir e vir nas sensações
Tremer
Cuspir e acalmar
Numa imensidão que não acaba nem parecendo fim
Alimenta e não sacia
Viciada em jogar comigo
Com a tranquilidade que se esconde
E volta no susto
Acostumei que volta
Entro na expectativa que machuca
Nas incertezas que me tiram a vista
No pequeníssimo que guardo sempre onde não sei no meu grandão
Esbarro e pego pra mim
Esquecendo de deixar
Bu
Ela
Abro
No alívio de lembrar o sabor imediato da mão que não prende,
Nem segura nada por tempo demais
Na lembrança de que as coisas se juntam e se perdem quando precisam
O nada não é nada não
E o tudo maior que esse
E a tranquilidade que queria
A possibilidade de ir indo sem ir pra
Será possível enxergar a gente acontecendo?
Reconhecer o movimento antes de terminar?
Pode ser que me minta
O prazer é igual
Lembrei de um sonho antigo
Que não lembro nada nele
Dele lembro
Quieto dizendo isso aqui
Que também não sei o que é
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Cá Já (Caê)
Vejo que areia linda
Brilhando cada grão
Graças do sol ainda
Vibram pelo chão
Vejo que a água deixa
As cores de outra cor
Volta pra si sem queixa
Tudo é tanto amor
Esteja cá já
Pedra vida flor
Seja cá já
Esteja cá já
Tempo bicho dor
Seja cá já
Doce jaca já
Jandaia aqui agora
Ouço que tempo imenso
Dentro de cada som
Música que não penso
Pássaro tão bom
Ouço que vento, vento
Ondas asas capim
Momento movimento
Sempre agora em mim
Esteja cá já
Pedra vida flor
Seja cá já
Esteja cá já
Tempo bicho dor
Seja cá já
Doce jaca já
Jandaia aqui agora
3 comentários:
Esse pulsar é teu sangue quente fervendo borbulhando nas veias. É mudo mas grita! Eu ouço. Hahahaha Adoro te beber. Escreve mais! Beijo fru! Tatoca
que belas palavras!
bu!
:-)
"Será possível enxergar a gente acontecendo?"
Te vejo acontecer em cada linha e em cada fotograma como quem vê de perto.
Mas sei que agora essa pergunta vai ficar comigo..
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