As coisas têm funcionado tanto com tanto de tanto
Que às vezes quero dizer de umas outras que ainda me seguram baixo
E fico medrosa
Medo de apequenar
De me segurar pequena
Ao invés de me deixar
São tantos os crescimentos pra fazer
Que dá cansaço
Parece que estou indo lá quase onde já ouvi que preciso
E nessa toda novidade me falta o que já sei
Sem que veja, voltei lá antes de pensar começar
O tamanho que o espaço tem é proporcional ao tamanho da gente
A casa da gente lá na cidade da gente, é grande sim, ainda é
Mas já foi o Tudo
E eu vou fazer o que com esse tamanho que não me cabe?
Me faço dobrada pra ter jeito que encaixo
Assombro com a enormidade que as coisas têm
E morro de fome delas
E esqueço
Pela trabalheira que é entender tanto gosto
É assunto de meses que o corpo faz
Estica as coisas todas pra caber
Nem sempre cabe
Se entra, bota pra dentro a satisfação
Que na borda já tem
Mas volta a vontade de encher
Engolir, misturar,
Entupir
Sem saber do que
Esquecendo do tempo que tem no sabor,
Lembrei
Acabei de lembrar
Amanhã esqueço
Às vezes lembro de novo
4 comentários:
A menina do balanço sabia de tudo. Igualzinha a menina grande que escreve. As duas juntas, são a alquimia perfeita. Deixa sempre a menina do balanço conduzir a mão da menina grande... que tudo vai dar certo. Saudade de ler você. Beijo, Tatoca
Mari, eu já te disse uma vez, e esse texto me lembrou isso, esta tua construção e este seu trabalho da memóra é tão encantador.
Você, essa?
Adorei o novo visual do blog, bem.
Fui eu que fiz a menina do balanço...Deus estava inspirado naquela manhã em que me entregou a encomenda...
A menina era bem o que a gente queria. Ela só não precisava ter estragado a pescaria. Marcada para ser na manhã seguinte...
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