01º/01/10, veio pra gente a esperança.
Já de noite.
De algum jeito entrou, nós dois vimos.
Apesar de detestar barulho que asa faz, comovente ela ali, no dia tal.
Disfarcei o terror pra ele não aprender esse medo desajeitado.
Carreguei pro quarto como se com interesse em dormir.
De manhã, sempre cedo demais.
Acordo num beijo no braço.
Demais também.
Enrolando na cama, a gente troca os lados, tenta acordar.
Será que nosso bicho tá lá?
Rio fingindo.
Corre pra ver.
Funciona!
Controlo agonia, lembro sempre do meu irmão que disse da adrenalina atrair inseto.
Não sei se ignorância, sabedoria ou sacanagem.
Só caçulo.
Adrenalina pelo bicho, adrenalina pelo medo da adrenalina.
Asa não tinha.
Ouço asa no preparo pro vôo.
Fomos pro chão, olhando bem e pronta pra correr.
Ali!
Encontro com entusiasmo pra enganar filho e adrenalina.
Quietinha no chão.
Num canto.
Comemos ali do lado.
Massinha, desenho, filme.
Estranho.
Ontem voava mais que pousava.
Cheguei mais perto.
Adrenalina nenhuma.
Fui gostando da esperança assim.
Tinha uma perna pra cima.
Andava lenta.
O ventilador ficou ligado a noite, porque dormi sem saber.
Bateu.
Não voava mais.
Passou o dia andando ali, devagar.
A perna levantada caiu.
Colocamos ela pra fora, achando que podia ficar melhor.
Mas não sei se ficou.
A perna ficou em casa.
Sobe e desce a parede.
Pra formiga, uma perna de esperança é demais.
Fechava assim.
Vou atrás do mouse levar a seta pra onde clica e faz o texto público.
Olho de volta pra frente e, em cima de onde faz o texto público, a maior barata que vi em 31 anos e 11 meses e meio. Grosseira, marrom marrom, cascas, várias cascas, muitas, muitas cascas, duas antenas caem e levantam num contrabalanço que sustenta aquele comprimento estúpido.
Faz graça, cospe em mim.
Voa.
Não bate no ventilador.
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sábado, 2 de janeiro de 2010
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Vivo que nem papel
Não sei como.
Veio uma.
E essa agora.
Essa outra de agora.
Quase dezembro.
Duas.
Segurando minha mão, me olhando bem
Preparada? Pode acontecer.
Sorrio, no limite, rio.
Marcado, temos pressa.
Bom dia!
Vez que detesto esse riso na minha cara.
Vamos lá?
Desce mais.
Bem perto daqui.
Usamos uma câmera e fazer o que for possível fazer.
Claro!
Inconsequente.
Puxa.
Já está aqui.
Vê?
Não tem mais jeito.
Está bem?
Pari meu DIU.
04/11/09.
--
Faço chá.
Dia todo faço.
Na próxima água,
Vejo.
Na panela que não lavei.
Ia lavar.
Agora não sei.
Preciso de ajuda.
Estou sozinha.
Quero alguém comigo.
Por favor, alguém comigo.
Se afogou.
Vi depois.
Tempo depois.
Movimento nenhum.
Agora nenhum.
Se jogou, sim.
Era uma, acabou.
Bóia na panela, na água que fez dentro.
Ia lavar.
Agora não sei.
Preciso de ajuda.
Era ela.
Concha, leiteira, no fim a panela.
14 de novembro de 2009.
Veio uma.
E essa agora.
Essa outra de agora.
Quase dezembro.
Duas.
Segurando minha mão, me olhando bem
Preparada? Pode acontecer.
Sorrio, no limite, rio.
Marcado, temos pressa.
Bom dia!
Vez que detesto esse riso na minha cara.
Vamos lá?
Desce mais.
Bem perto daqui.
Usamos uma câmera e fazer o que for possível fazer.
Claro!
Inconsequente.
Puxa.
Já está aqui.
Vê?
Não tem mais jeito.
Está bem?
Pari meu DIU.
04/11/09.
--
Faço chá.
Dia todo faço.
Na próxima água,
Vejo.
Na panela que não lavei.
Ia lavar.
Agora não sei.
Preciso de ajuda.
Estou sozinha.
Quero alguém comigo.
Por favor, alguém comigo.
Se afogou.
Vi depois.
Tempo depois.
Movimento nenhum.
Agora nenhum.
Se jogou, sim.
Era uma, acabou.
Bóia na panela, na água que fez dentro.
Ia lavar.
Agora não sei.
Preciso de ajuda.
Era ela.
Concha, leiteira, no fim a panela.
14 de novembro de 2009.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
há há há, hó hó hó, ela tem é uma só
Já tinha desistido.
Porque depois da leiteira, outro dia estava ela na concha, que penduro na parede. Como se deitada na rede. Me olhando. Com carinho, calma. Como se meu bichinho favorito. Para quem separei a concha pra onde dormir.
Na leiteira e na concha foi como se tivesse indo ver o sono de meu filho à noite.
Vi, apaguei a luz e fechei a porta.
Não quero passar a vida assim.
Uma vem, morre, e vem de novo.
Achei que era melhor parar.
Tudo bem, fica na concha.
Talvez o descaso seja o segredo do baygon.
Porta fechada.
Dormimos, todos da casa.
Cada um na sua concha.
Chego em casa, louca de fome.
Quatro da tarde e sem almoço.
Não tenho nada pra comer.
Tomate, adoro tomate.
Salsicha.
Gosto de salsicha com tomate, salada.
Pimenta.
Na falta de comida melhor, fazer cara de gosto.
Abro o armário da cozinha, não imagina o que encontro...
Duas!!!
Uma pra cada lado, às voltas, perdidas, como se gaguejassem.
Pensaram que eu não vinha, não costumo chegar essa hora.
E eu tinha deixado essa uma.
Dormindo com a gente.
Na concha, na conchinha, luz apagada.
À noite tenho filho dormindo.
Não sei matar em silêncio.
Saí vermelha, aos berros Eu mato! Eu mato!
Uma subiu, outra ficou.
Peguei a vassoura e antes que me olhasse Pá!
Caiu zonza com três panelas.
Não perdoei, estava convicta, fria.
Pá! Pá!
Subiu.
Sumiu.
Têm um esconderijo.
Na minha concha ela fingiu, Boa noite.
De certo a outra amassada embaixo dela.
Por isso ela me olhou, esperando que apagasse a luz.
Elas não sabem.
Cada dia estou mais pronta.
Eu volto.
Eu chego.
Porque depois da leiteira, outro dia estava ela na concha, que penduro na parede. Como se deitada na rede. Me olhando. Com carinho, calma. Como se meu bichinho favorito. Para quem separei a concha pra onde dormir.
Na leiteira e na concha foi como se tivesse indo ver o sono de meu filho à noite.
Vi, apaguei a luz e fechei a porta.
Não quero passar a vida assim.
Uma vem, morre, e vem de novo.
Achei que era melhor parar.
Tudo bem, fica na concha.
Talvez o descaso seja o segredo do baygon.
Porta fechada.
Dormimos, todos da casa.
Cada um na sua concha.
Chego em casa, louca de fome.
Quatro da tarde e sem almoço.
Não tenho nada pra comer.
Tomate, adoro tomate.
Salsicha.
Gosto de salsicha com tomate, salada.
Pimenta.
Na falta de comida melhor, fazer cara de gosto.
Abro o armário da cozinha, não imagina o que encontro...
Duas!!!
Uma pra cada lado, às voltas, perdidas, como se gaguejassem.
Pensaram que eu não vinha, não costumo chegar essa hora.
E eu tinha deixado essa uma.
Dormindo com a gente.
Na concha, na conchinha, luz apagada.
À noite tenho filho dormindo.
Não sei matar em silêncio.
Saí vermelha, aos berros Eu mato! Eu mato!
Uma subiu, outra ficou.
Peguei a vassoura e antes que me olhasse Pá!
Caiu zonza com três panelas.
Não perdoei, estava convicta, fria.
Pá! Pá!
Subiu.
Sumiu.
Têm um esconderijo.
Na minha concha ela fingiu, Boa noite.
De certo a outra amassada embaixo dela.
Por isso ela me olhou, esperando que apagasse a luz.
Elas não sabem.
Cada dia estou mais pronta.
Eu volto.
Eu chego.
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